Fábio Augusto da Silva Lima
fabioasl@gmail.com
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O entusiasmo
que Chico Buarque nos trás ao cantar “amanhã vai ser outro dia...” pode ser
visto e interpretado de forma diferente nos dias de hoje. Não querendo ser
pessimista e muito menos desconsiderando o contexto no qual foi escrita essa
belíssima canção, mas na verdade, minha intenção nessa reflexão é tratar da
importância de se viver o hoje! Com isso, defendo a ideia de que devemos viver
o presente, o real, o agora. Isso não quer dizer que esse viver o hoje seja
voltado apenas para os prazeres ou para um *carpe diem desmedido e
inconsequente, não! Na verdade, proponho um viver agora atuante, intenso e
significativo, mas, sobretudo participativo, não só na esfera individual, mas
também política.
O poeta Mario Quintana escreveu no poema o
tempo que “a vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa”. Nesse
sentido, ele nos provoca no sentido de que sempre estamos nos protegendo dentro
de uma “casca dourada e inútil das horas”, protelando nossos sonhos e metas
para um futuro invisível e incerto. Isso quer dizer que tudo passa,
independente do que você faça para se proteger do tempo. Se levarmos em
consideração o mundo atual, essa velocidade das horas é potencializada pelo
avanço da tecnologia, principalmente a internet, que nos trás a sensação de que
o tempo passa mais rápido, diferente de outras épocas.
No entanto, podemos fazer diferente, se ao
invés de sermos meros expectadores, assumirmos uma postura de protagonista de
nossas vidas. No mesmo poema, Mario Quintana lamenta o fato de que “se me fosse
dado outro dia, outra oportunidade, eu nem olhava no relógio”. Ora, a
experiência da vida é o que temos de mais precioso e é no hoje que ela se faz
presente, então viva-a intensamente para não se arrepender depois, pois como
bem disse o romano Sêneca “dedica-se a esperar o futuro apenas quem não sabe
viver o presente”.
*Carpe diem: “aproveite o momento”
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