segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo



Prezados leitores!!!

Primeiramente, eu gostaria de desejar um Feliz Ano Novo aos leitores do meu blog e reiterando que 2013 seja um ano repleto de realizações, felicidades e com incontáveis pensamentos positivos.

Eu gostaria de agradecer também aos amigos que publicaram textos interessantes neste blog, no caso o meu irmão Júnior e meu amigo Fábio Augusto, e, por fim, às 3475 visualizações em menos de 01 ano de existência do blog “Epílogo da Vida”, com alguns tópicos despertando a discussão em algumas pessoas.

Abraço a todos

Viva 2013!!!!!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Professor = Bombril: 1.001 Utilidades, exceto a de ser Professor



Cléder Aparecido Santa-Fé
E-mail: casantafe83@gmail.com

Foi com uma sensação de sarcasmo, misturada com indignação, que conclui a leitura da seguinte notícia: “Após massacre da escola primária de Newtown, projetos querem armar educadores”. Em síntese, os EUA estão fomentando projetos, lobby evidentemente favorável ao comércio de armas de fogo, que visam armar e oferecer capacitação de tiro ao professorado americano. Estas medidas tomaram forma após o último massacre ocorrido na escola primária de Newtown.

Diante do meu estado de perplexidade com a novidade, rememorei algumas discussões realizadas durante a graduação em Pedagogia entre professores e amigos e cheguei a uma constatação emblemática e pessimista: a classe docente, presa em sua inércia às questões políticas, tornou-se o “Rato de Skinner[1]“ do Estado, ou seja, se consolidou, de forma inédita, como a principal cobaia das políticas públicas para além das educacionais.

As justificativas apresentadas pelas autoridades são inúmeras, com ênfase na melhoria da qualidade do ensino até programas preventivos de Segurança Pública, sendo o último ponto objeto fomentador desta discussão.

É conveniente ressaltar, na maioria dos casos, que estes programas são executados sem nenhum planejamento do Poder Público e são impostos à classe docente, destacando a inexistência de prévia discussão e estruturação curricular entre os envolvidos e das condições básicas de aplicabilidade destas políticas.

Deste modo, verifica-se que as atribuições do professor, na atualidade, estão cada vez mais fragmentadas, visto que o mesmo se tornou um profissional polivalente, no sentido negativo da palavra, pois é obrigado a assumir responsabilidades que não lhe diz respeito. Por exemplo, eu considero um absurdo que um educador, em caso de emergência, deva atirar em um alucinado, muitas vezes produto da cultura e sociedade norte-americana. Já bastam os momentos em que esta categoria é obrigada a assumir o papel de psicólogo, assistente social, sociólogo, policial, etc. A grande questão que deixo para ser aprofundada é: Quando o professor será P.R.O.F.E.S.S.O.R.?

Este texto procura valorizar e defender as concepções do papel do professor em consonância com os pressupostos exarados pelos autores Dermeval Saviani e Mariana Fonseca Taques.  Para Saviani (1985, p. 27) “o pedagogo é aquele que possibilita o acesso à cultura, organizando o processo de formação cultural”. Segundo Taques (2007):
  
 “O papel do pedagogo é realizar a articulação entre a teoria e a prática pedagógica, dentro das condições concretas de ensino e aprendizagem, uma vez que, como responsável pela organização do trabalho pedagógico da escola como um todo, este profissional deve conhecer as possibilidades e as relações dos diversos contextos que constituem, sendo possível prever e prover, de forma sistemática, o currículo, os recursos e a distribuição do tempo e do espaço escolar, para que as atividades planejadas sejam realizadas, além de analisá-las quanto a sua efetividade para a promoção da aprendizagem”. (TAQUES 2007, p. 4)




[1] Burrhus Frederic Skinner (Susquehanna, Pensilvânia, 20 de Março de 1904 — Cambridge, 18 de Agosto de 1990) foi um autor e psicólogo americano. Dedicou-se durante anos em experiências com ratos e pombos, alicerce de toda base teórica do Behaviorismo. 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A desumanização do ser humano


Fábio Augusto da Silva Lima

Esses dias vivenciei uma cena no transito, que me deixou perplexo e assustado, mas que por outro lado, me fez pensar no tipo de sociedade que vivemos na atualidade. Já era noite e estava eu, dirigindo numa das marginais da cidade, na faixa da direita, o transito estava um pouco carregado, mas fluindo bem. Caminhava na velocidade permitida da via que era de 70 km por hora, quando de repente, se aproximou um veiculo Kombi, atrás de mim, em alta velocidade, com o motorista buzinando enlouquecidamente. A faixa da esquerda, onde ele deveria me ultrapassar, também estava ocupada nesse momento. Isso durou alguns segundos, quando enfim, ele consegue me ultrapassar. Sem entender a sua “pressa” continuei, mas se não bastasse, ele ainda abre os vidros do passageiro e começa a me ofender e me ameaçar. Não vi motivos para tal comportamento, se fosse uma situação de emergência ou socorro, tudo bem, é compreensível, mas não parecia ser. Enfim, preferi ignorar a situação e continuar meu trajeto.
Relatei esse caso para mostrar o quanto nossa sociedade está competitiva e individualista.  Competitiva, porque as ruas, avenidas, marginais, se tornaram verdadeiras pistas de corrida, onde o que vale é andar em alta velocidade, ultrapassar, ganhar tempo, só não se sabe para que? Usei o transito para exemplificar, mas a competitividade está enraizada em todos os meios da sociedade, de forma cada vez mais latente e destrutiva.
Individualista, porque o que vale é chegar primeiro, vencer, não importa de que maneira. Nem que você tenha que mentir, roubar, machucar e até mesmo tirar a vida de alguém. Nesse sentido, a individualidade não é só para si, mas contra o outro também. Parece exagero, mas é a mais pura realidade. Basta ver a analisar as cenas do nosso cotidiano banalizado. Um exemplo disso é o que aconteceu na última semana na Suécia. Se não bastasse um homem cair bêbado sobre os trilhos do metro e ser assaltado por outro individuo que se aproveitou da situação, ele ainda foi atropelado. Por sorte, apesar de perder um dos pés, ele conseguiu sobreviver. Nesse caso, o que mais choca e entristece e a total falta de humanidade.
Mas também não sou ingênuo, sei que atrás de todo esse contexto existe um sistema capitalista bem organizado e articulado, divulgador de uma ideologia defensora desses valores, vendedora de ilusões, mas ao mesmo tempo, destruidora de corações e mentes. A questão é que tudo isso tem levado cada vez mais a perda de valores fundamentais de convivência coletiva, e por consequência, a desumanização do ser humano.