segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Ser feminista ou ser "feminazi”?

 

Foto 1 – Feminismo – Imagem de Stoodi (jul, 2020).

Giovanna Maria Recco Piccirilli

Comparar duas linhas tão opostas de pensamentos como o feminismo e o nazismo é proveniente de alguém que não tenha o mínimo de cognição, interesse ou conhecimento.

Sabemos, historicamente falando, que o nazismo foi terrivelmente opressor e de desprezo à liberdade que serviu de intolerâncias a um universo desigual, apontando severamente seu "descontentamento" e práticas de ódio ao racismo, sexismo e misoginia, e de certa forma, idolatria ao machismo.

Na história da opressão, vemos que os líderes de tais grupos foram todos formados por homens - na Itália, Mussolini e Hitler, na Alemanha - nomes que ao serem citados nos causa pânico.

Vejamos: ser uma feminazi é ser um machista contemporâneo (o que não cabe ao termo feminismo, visto que seria o ódio de mulheres por mulheres.

Contraditório, se entender que o feminismo se trata de amor ao próximo, às lutas históricas, à liberdade e igualdade. Dois termos extremamente distintos que, inviavelmente tenham se associado e tornado o feminismo tão mal visto perante a sociedade moderna.

Até porque, além do regime nazista ter sido imensamente horroroso, se trata de uma comparação maldosa e irracional, pela qual compara-se o homicídio em massa com a luta por um ideal.

Enquanto o feminismo defende uma reestruturação social justa entre homens e mulheres, o nazismo segregou, humilhou, torturou e matou milhões dentro de um regime autoritário.

Portanto, torna-se claro que ambas realidades estão anos-luz de diferença uma da outra. Chamar alguém de feminazi é altamente ofensivo e desapropriado.
Então pare!  Deixe o mundo ser livre da opressão, deixe o diálogo ser livre de agressão, deixe as feministas lutarem por nossos direitos equânimes, sem termos caóticos e repugnantes.

Dê lugar a paz e não ao ódio, para assim seguirmos essa luta justa em busca de uma democracia real, perseverando até que toda repressão seja eliminada.

 


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